NUNCA DEIXAREI DE SER A RAPARIGA SIMPÁTICA


Tenho o hábito de me importar mais com as outras pessoas do que elas comigo. Culpo-me por gastar tempo e energia por pessoas que consideravam a minha bondade como garantida, como algo natural. Houveram imensas vezes que desejei ser mais dura, que pensei que a vida seria mais fácil se transformasse o meu altruísmo em egoísmo.

Apesar de todos os problemas que meu "coração de manteiga" me deu, eu nunca vou deixar de ser a rapariga simpática. A rapariga que fala com a alma. A rapariga que é capaz de parar o que está a fazer e ajudar os outros. A rapariga que se preocupa com tudo e com todos.

Não, eu não consigo ser a rapariga "que se está a lixar" para os outros, e não há nada de errado com isso. Não há nada de errado com o quão vulnerável me permito agir em frente de desconhecidos. Não há nada de errado em dar carinho que pode nunca vir a ser correspondido.

Eu não sou o problema. E se tu também és assim, tu não és o problema. As pessoas que abusam da nossa bondade é que são o problema. E não vou permitir que me mudem, nem tu devias permiti-lo. Não me vou tornar numa rapariga fria e sem coração por medo de me magoar novamente.

Sou otimista. Eu vejo o melhor nas pessoas. Quero muito acreditar que este mundo é um lugar lindo. Minha positividade pode até fazer com que eu caia em algumas armadilhas de vez em quando, mas poderia ser pior.

Pessoalmente, acho que seria pior se eu escolhesse odiar tudo e todos. Se preferisse andar sempre a reclamar e concentrar-me apenas em mim mesma. Eh pá, que bosta de atitude. Eu não gostaria, nem um pouco, de viver a minha única vida dessa forma. Eu quero dar. Eu quero compartilhar. Eu quero espalhar felicidade, porque a maioria das pessoas precisa disso. Precisam de um sorriso de uma pessoa desconhecida. Precisam de um elogio de um amigo. Eles precisam do carinho de um ente querido.

Posso estar a parecer melosa, carente, dependente ou o que seja que queiras chamar, mas eu não me importo mais com isso. Prefiro arriscar a dar a minha bondade e parecer vulnerável, do que saber que tenho alguém a sentir-se mal e desvalorizado só porque guardei minha bondade para mim mesma. Fiz-me entender? Espero que sim.

Não, não sinto vergonha da minha vulnerabilidade. Abracei minhas emoções, mesmo sabendo que isso signifique suportar mais dor.

Eu nunca deixarei de ser a rapariga simpática, não importa quantas vezes eu termine desiludida, com o meu coração magoado.

Eu nunca deixarei de ser a rapariga simpática, mesmo sofrendo a pressão que a sociedade faz para guardar as emoções apenas para mim mesma.

Eu nunca deixarei de ser a rapariga simpática, porque tenho orgulho de quem sou!


🌙🌷
um abraço,
Ana Rita Leite

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